Por Erivan Pedro
Hoje concluímos nossa Série sobre Disciplinas Espirituais. O nosso intuito é levar a igreja a refletir sobre a importância das disciplinas espirituais para o crescimento saudável e sustentável da vida cristã, colocando-as como prioridades em nossa caminhada diária com Jesus.
O que unimos nessa série são ações essenciais, retiradas do exemplo prático da vida de Jesus, para manutenção do nosso relacionamento com Deus e sua igreja, seu povo, seu Reino. A meditação bíblica, a oração e jejum, são os meios que Deus usa para nossa santificação. Hoje vamos fechar a série falando sobre outra disciplina espiritual – a comunhão.
É isso que queremos desenvolver na nossa comunidade. A proximidade entre as pessoas. A verdadeira igreja de Cristo é aquela que contribui para que o outro conheça a Deus. A vontade de Deus é que a igreja seja um lugar de comunhão, onde você coopere para que Deus desenvolva na vida do outro a sua vontade, sua imagem, o seu amor, para que esta pessoa se sinta especial, tenha alto-estima elevada.
A comunhão entre irmãos na Bíblia é representada pela a palavra grega “koinonia”, que era muito utilizada pelos cristãos no sentido de companheirismo, compartilhamento e contribuição com o próximo e com Deus.
No livro de Efésios 4:1-16, o apóstolo Paulo relaciona graças cristãs indispensáveis para que desenvolvamos e sustentemos a unidade na igreja. A primeira é a humildade (v.2). Ser humilde significa colocar Cristo em primeiro lugar, os outros em segundo e a si mesmo em último.
Outra graça utilizada por Paulo foi a mansidão (v2). Mansidão não é fraqueza, mas sim poder sob controle. Moisés era um homem manso (Nm 12:3), no entanto, podemos ver o poder enorme que exercia. Jesus Cristo era "manso e humilde de coração" (Mt 11:29), mas expulsou os cambistas do templo.
- Junto à mansidão vem a longanimidade, que significa a capacidade de tolerar desconforto sem revidar. Isso nos leva à paciência ou a capacidade de suportar – uma graça que não pode ser experimentada sem amor. "O amor é paciente, é benigno" (1 Co 13:4).
A igreja primitiva é nosso exemplo de comunhão. O relato no livro de Atos, principalmente no capítulo 2, nos desafia a viver uma vida de comunhão. O que mais me chama atenção neste texto é que, Atos 2:42 mostra que eles se dedicavam à comunhão, eles não falavam em comunhão, eles não promoviam a comunhão com encontros rápidos e abraços rasos eles se dedicavam à ela, davam-lhe prioridade em sua vida. Ela era um ingrediente da vida da igreja, tal como oração e o ensino da palavra. Dedicação à comunhão é vivenciá-la na prática!
A vida em comunhão é o ideal de Deus, é algo atrativo, poderoso e gostoso, porém, para vivermos de fato uma comunhão verdadeira, temos que desaprender muitos de nossos conceitos, ideias, posições, crenças religiosas, tradições e reaprender, urgentemente, a vivermos juntos, dia a dia e de casa em casa.
Vamos lembrar e persistir em sermos diligentes na meditação bíblica, na oração, no jejum e na comunhão.
Perguntas para meditar:
1. Leia Atos 2:42-44 e descreva com suas palavras como era a comunhão daqueles irmãos.
2. Baseado em sua resposta, qual a sua principal dificuldade hoje para uma vida assim?
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